sexta-feira, 31 de maio de 2013

AMIGOS

   

AMIGOS

Todos nós temos alguém na vida, conhecemos alguém, temos perto de nós uma pessoa em quem confiamos totalmente. Uma pessoa que está sempre do nosso lado, que participa, divide, nos acompanha quando estamos alegres ou tristes. Está conosco quando há abundância e também quando eventualmente alguma coisa nos falta.


Pessoas que se calam para nos ouvir. Pessoas que nos orientam na hora do desespero. Pessoas que não costumam criticar os nossos erros, mas que nos alertam das suas consequências. Enfim, pessoas que nunca nos decepcionaram, ou que nunca tenham falhado conosco. A essas pessoas, costumamos chamar de “amigos”, o nosso “melhor amigo”.


      
Você tem uma pessoa dessas na sua vida? E se tem, será que você significa para ela a mesma coisa?
Será que podemos nos considerar bons amigos para outras pessoas?

Vamos pensar o seguinte: relação de amizade é uma relação de duas mãos, ida e volta, não é só de ida ou só de volta.

Da mesma forma que você pode ter um amigo desses em sua vida, na maioria dos casos você também será considerado por essa pessoa, um grande amigo, um bom amigo. Então, imaginemos que porventura esse seu amigo esteja precisando de ajuda e ele deixe de vir conversar contigo e vá pedir ajuda a outra pessoa.

Qual é o sentimento que você teria?
Será que você se sentiria traído por ele não ter buscado ajuda em você?
Será que você pensaria que ele não o considera mais como amigo?
Será que você sentiria ciúmes da outra pessoa em quem  ele buscou ajuda?
Você pensaria ter falhado com ele?
Será que você acharia que ele não quer mais saber de você?
Você ficaria triste com isso? Sim, com certeza ficaria.

Colocamos essa hipótese para podermos entender aquilo que sentimos quando eventualmente somos traídos, ou deixados de lado por alguém muito querido; e, para que possamos imaginar o que Deus sente quando fazemos a mesma coisa com Ele.

Em João 15:15, Jesus nos chama de “amigos”.
Procuremos entender o que Deus sente nessa relação de amizade, quando não correspondemos da forma com que deveríamos; ou seja, nós temos o melhor Amigo que poderíamos ter, e de repente O abandonamos, deixando-O de lado, deixamos de procurá-Lo, de ouvi-Lo. E isso não é novo, acontece bastante, e há muito tempo.

Relembremos um dos momentos em que Deus fica muito triste com o seu povo; quando Ele tirou o povo do Egito fazendo milagre após milagre, e o trouxe às portas da Terra Prometida, o povo duvidou, o povo teve medo, o povo não seguiu em frente.
Se não fosse a interferência de Moisés, aquele povo teria morrido naquele momento. Moisés interferiu junto ao Senhor, e Ele amenizou o castigo (Nm 14).

Castigo por quê? Castigo por desobediência, porque Deus havia prometido e estava entregando a eles o que seria naquele momento a maior benção na vida deles; e, por medo, insegurança, por acreditar mais no que alguns homens falaram ao invés de no que o representante de Deus falou; simplesmente não tomaram posse da bênção, sofrendo em seguida a consequência disso, pela teimosia, pela desobediência, pela falta de confiança em Deus.

Nos dias de hoje, infelizmente, também com frequência fazemos isso.
Deus coloca as coisas diante de nós, coloca aquilo que nos é destinado a fazer, e quando falta um passo a ser dado, recuamos, desobedecemos, não confiamos.

Em Hebreus 4 somos alertados em relação a isso.
Muitas vezes, queremos acreditar na promessa de “descanso” que Jesus nos dá, mas diante dos problemas que visualizamos e das aflições pelas quais passamos, ficamos ansiosos, balançamos, tememos, e acabamos por duvidar. Isso entristece o coração de Deus.
Precisamos fazer a nossa parte na caminhada cristã; buscar, entender e fazer, tendo a certeza em nossos corações de que o resto Deus vai fazer (Sl 37:5).
E, o complicado é que quando ficamos aflitos, por vezes adotamos algumas práticas que não agradam ao Senhor. Pensamos em fazer algum tipo de sacrifício em prol da causa que queremos ver resolvida, ou algum tipo de promessa a Deus para vê-la resolvida logo, sendo que todo o necessário já nos foi dado. Tudo o que tinha que ser feito já foi feito por Jesus, e Ele já nos disse para “descansar”.
Não é necessário que tentemos agradar a Deus com tais atitudes, é necessário somente que confiemos n’Ele, mais nada.
Ele também nos avisou que teríamos aflições. Jesus não mentiu para nós. Mas, tenha bom ânimo, é o que disse Ele também.
Devemos tomar posse dessa “confiança”, dessa “certeza”, para que não vivamos baixando a nossa guarda num momento de desânimo, em que a situação demora a ser resolvida.
Não podemos esquecer que é o tempo d’Ele, é a situação que Ele determinar.

Na realidade, quando provocamos uma situação com nosso erro, acontecem algumas consequências, e Deus utiliza essas consequências para realizar a obra d’Ele.
Sendo assim, temos que estar preparados, porque de repente as consequências não envolvem só a nós, envolvem mais pessoas, e Ele também tem que trabalhar na vida dessas pessoas. Devemos entender que esse tempo é o tempo d’Ele exatamente por isso, até porque, nós erramos, não Ele. E se porventura não fui eu quem errou, mas alguém do meu lado, e estou sofrendo as consequências junto, isso não quer dizer que eu também não cometa os meus erros e outras pessoas sofram junto as consequências.    
Por esse motivo, não podemos jamais acusar alguém!
Devemos ter certeza que essas “consequências” são utilizadas por Deus para resolver não só aquela situação, mas talvez um problema maior que desconheçamos.
A confiança é extremamente importante.
       
Vimos em Números 14 que Deus ficou muito chateado com a situação, porque o povo, de uma forma ou de outra estava dizendo para o “Amigo”: - Olha, não confiamos em Você, não acreditamos no que Você está falando.

Notamos também que, mesmo o povo passando por aquela consequência, viver por 40 anos no deserto, Deus não os abandonou, mesmo eles estando errados.
A questão é acreditar e agir quando necessário, como vimos no estudo anterior: Pessoas Maduras Tomam Atitudes em Deus. Se ficarmos duvidando e questionando, perdemos a benção. Não podemos duvidar do nosso Deus em hipótese nenhuma.

Em Hebreus 10:35,36 vemos duas coisas interligadas: Confiança à galardão e fazer a Vontade de Deus com alcançar a Promessa. Temos a nossa parte a ser cumprida. Temos que “confiar” e Deus vai nos galardoar; e se confiamos “fazemos a vontade d’Ele” e vai se cumprir aquilo que foi prometido.

Em Hebreus 4:11 está explícito: “Esforcemo-nos…”, isso é para nós, algo que devemos fazer, pertencente a nós, é uma atitude nossa a ser tomada, para que não caiamos no mesmo erro que aquele povo antigo caiu; devemos permanecer na fé, acreditando nesse Deus que prometeu e que é fiel para cumprir.
       
Podemos assim, “descansar” nessa promessa. Isso deve ser uma verdade viva, viva e eficaz em todas as esferas de nossas vidas.
       
Hebreus 4:14 nos fala a respeito da nossa escolha voluntária. Conservar firme a nossa confissão, quer dizer que; se algum dia eu confessei a Jesus, e Ele é o meu Salvador, e tenho a certeza disso, devo manter essa confissão firme, atual, viva dentro de mim, não esquecida na gaveta. Afinal, Ele entrou em nossas vidas porque concordamos com isso.
       
Ser cristão não é ser religioso. Uma coisa é bem diferente da outra.
Ser cristão é entender que, a partir do momento em que admitimos a entrada d’Ele em nossas vidas, viveremos junto d’Ele, da forma que Ele pede que vivamos. Conservemos a certeza, a confiança, a fé. Conservemos a certeza de que Jesus é o nosso Salvador.
       
Em Hebreus 11 o autor também fala de fé, certeza, convicção. Não há espaço para dúvidas. Nesse capítulo, estão citadas várias pessoas que foram exemplo de fé. Pessoas como nós, que sofreram, que tiveram problemas, que desagradaram a Deus em alguns momentos; pessoas que viram suas promessas cumpridas e outras que não as viram cumpridas; pessoas que foram traídas, presas, desprezadas; mas, que em nenhum momento deixaram de acreditar e ter fé, tendo o autor as relacionado como exemplos de fé.
       
Não tenha duvida de que Deus está junto de você e Ele vai atendê-lo segundo a Sua vontade. Nos versos  15 e 16 do capítulo 4 de Hebreus somos convidados a nos achegar a Deus, Ele nos convida a estar perto d’Ele. Quem afirma isso é um Deus que nos conhece, um Deus que viveu uma vida igual a nossa, embora sem pecar, um Deus que também sentiu aflição (Mc 14:36), mas embora aflito, Ele coloca a Vontade do Pai a frente de tudo  porque sabia que ela é a melhor, é a perfeita, e é a que tem que acontecer.
E temos que aprender isso.
       
Não podemos assumir o compromisso com Jesus só esperando que bênçãos caiam sobre nós, achando que nenhum problema vai nos acontecer.
Só pelo fato de sermos cristãos, já sofreremos com o problema do irmão. Temos que estar junto dele, ajudando-o, fazendo aquilo que Deus determina que façamos. Ser cristão não é viver todo o tempo alegre e sem problemas. A ninguém é possível viver dessa forma.
       
Mas podemos sim, aproveitar a grande diferença que acontece em nossas vidas quando aceitamos servir a esse Deus, que é: “poder descansar n’Ele”.
Ele nos pede para descansar e acreditar n’Ele, confiando que a promessa vai se cumprir!



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